A pergunta que ressoa em toda a Igreja nos tempos atuais, fortemente presente no Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização, ocorrido no último mês de outubro, também ressoa no coração do Santo Padre.
Na
catequese desta quarta-feira, 28, o Papa trouxe respostas acerca das
interrogações que surgem mediante a necessidade de anunciar o Reino de
Deus “aos corações fechados dos nossos contemporâneos”, conforme
expressou Bento XVI.
Para
o Papa, o falar de Deus passa pela condição primeira de escutá-lo e
comunicar aquilo que o próprio Deus por primeiro comunicou. Além disso,
ter claro que o Deus que se quer anunciar não é um Deus abstrato, “uma
hipótese, mas um Deus concreto, um Deus que existe, que entrou na
história e está presente na história; o Deus de Jesus Cristo como
resposta à pergunta fundamental do porquê e do como viver.”
Segundo
Bento XVI, a metodologia do anúncio precisa imitar os métodos que o
próprio Deus escolheu para comunicar-se ao mundo: a humildade e a
simplicidade. “É necessário recuperar a simplicidade”, disse o Papa, e
retornar à essência do anúncio: “A Boa Notícia de um Deus que é real e
concreto, um Deus que se interessa por nós, um Deus-Amor que se faz
próximo de nós em Jesus Cristo..."
Para falar de Deus, explica
Bento XVI, é preciso escutá-lo e conhecê-lo; dar-lhe espaço com
simplicidade e alegria, colocando-o no centro da comunicação; utilizar
com sabedoria a famíilia como lugar primeiro da evangelização; e por
fim, mas não menos importante, traduzir na vida, com gestos, palavras e
ações concretas o Evangelho que se quer anunciar.
“O nosso
modo de viver na fé e na caridade torna-se um falar de Deus no hoje,
porque mostra com uma existência vivida em Cristo a credibilidade, o
realismo, daquilo que dizemos com as palavras, que não são somente
palavras, mas mostram a realidade, a verdadeira realidade.”
Bento XVI encerrou a catequese propondo que o Ano da Fé
seja para todos uma ocasião de descoberta de novos caminhos, a nível
pessoal e comunitário, para que em cada lugar o Evangelho seja
“sabedoria de vida e orientação da existência”.
Fonte: Notícias Canção Nova
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