21 de fevereiro de 2013

Arábia Saudita: cristãos etíopes presos por rezar

53 cristãos etíopes – 46 mulheres e 6homens – foram presos na Arábia Saudita enquanto realizavam um encontro de oração numa residência. Funcionários da polícia religiosa irromperam na habitação, prendendo os fiéis. Três lideranças cristãs presentes no encontro foram acusadas de converter muçulmanos ao cristianismo.

O fato ocorreu na cidade de Damman, no sul da Arábia Saudita em 8 de fevereiro, mas fontes locais ligadas à World Evangelical Alliance's Religious Liberty Commission (WEA-RLC), divulgaram a notícia somente nestes dias. Segundo a Comissão WEA, as autoridades sauditas soltariam os cristãos, por terem visto de permanência no país, no entanto, os líderes do grupo devem ser deportados.

A Arábia Saudita não reconhece, nem protege religiões diferentes do Islã. A polícia religiosa (muttawa), exerce forte controle para eliminar Bíblias, rosários, crucifixos ou impedir reuniões de oração. Ainda que os reis permitam práticas religiosas diferentes do Islã, a nível privado, a polícia religiosa não faz distinção, proibindo qualquer manifestação religiosa que não o islamismo.

Este não é o primeiro caso de perseguição contra a comunidade religiosa etíope. Em dezembro de 2011 as autoridades sauditas prenderam 35 cristãos etíopes - 29 das quais mulheres -, sob a acusação de “associação ilícita”, por terem se reunido em uma residência para rezar. Segundo a Human Rights Watch (HRW), as mulheres sofreram ‘inspeções médicas’ arbitrárias durante a prisão.

A cidade de Dammam é um importante centro industrial e portuário, rico em instalações petrolíferas e de gás natural.

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