30 de junho de 2012

Vocações da geração JMJ

O que atrai milhões de jovens para a Jornada? O que faz com que a alegria e a fé sejam as principais características desse encontro?  Muitos argumentos poderiam ser levantados, mas há um que fala a todos os corações: os jovens vêm em busca e ao encontro de Cristo.

No dia em que se recorda o testemunho e o exemplo das “colunas da Igreja”, Pedro e Paulo, pode-se vislumbrar também o testemunho da juventude que abraça a Igreja, que ama o Papa e que dedica sua vida a construir um mundo melhor. E nas Jornadas Mundiais da Juventude muitos desses jovens descobrem também sua vocação na Igreja.

Uma pesquisa feita pela GAD3 após a JMJ de Madri mostrou que, para 55% dos jovens que participaram, o evento serviu para discernimento vocacional.

“Eu era o pior jovem do meu grupo”

“Eu participo de todas as Jornadas desde 1993 e a JMJ foi um pilar em minha vocação”, afirmou padre Michael Therese, da Congregação de São João, no Texas (Estados Unidos).
Ele diz se que se lembra da primeira experiência em Jornada, em Denver, no estado americano do Colorado. “Eu era um ‘pagão’, se poderia dizer, muito distante da fé, o pior jovem do meu grupo. Até hoje a responsável do setor juventude não acredita que tenha me tornado sacerdote”, disse, entre risos, ao ser entrevistado pela equipe da JMJ Rio2013.

“Acabei convertido um ano depois e olhando para trás, vejo que a experiência da universalidade da Igreja, dos milhares e milhares de jovens unidos para dizer – ‘Eu amo Jesus Cristo’-  me tocaram tanto que, nesse período após a Jornada, decidi entregar minha vida a Deus”, destacou.
O sacerdote ressalta que uma das características marcantes da Jornada é justamente a experiência da presença de Cristo e que em sua vida tem sido um constante renovar de esperança e que nas JMJs vê de forma concreta o mover da nova evangelização.

“Escutar a voz do Papa é uma maneira de fortalecer a fé”
Almudena Rios, 22, religiosa das Escravas de Cristo Rei, é um exemplo disso. Ela decidiu dar o passo à vida consagrada durante a Jornada Mundial da Juventude celebrada em Colônia (Alemanha) em agosto de 2005.

Na época ela vivia na diocese da Málaga e tinha 17 anos. "Questionava-me muitas coisas. Rezava e não sentia nada. Era católica, mas me perguntava como posso saber se Deus me fala se não o sinto? A Jornada supôs então uma resposta para mim", recordou.

Almudena, cujo nome se deve à Virgem Padroeira de Madrid (Espanha), disse que naquela ocasião se encontrou com jovens da China e Coréia do Norte com quem falava em inglês sobre sua vida cristã nestes países comunistas aonde os fiéis são perseguidos.

A religiosa relatou que esses jovens lhe contaram que arriscavam sua vida para ir à Missa. "Eu arriscaria minha vida assim? As pessoas não arriscam sua vida por qualquer coisa", questionou-se.

Suas experiências na JMJ Colônia 2005 foram um marco em sua vida. "Encheram-me de alegria. Quando voltei para a Espanha vi que eu estava diferente, que tinha uma alegria diferente, mas ainda não entendia bem por que".

Esta "é minha primeira JMJ como consagrada e se vive de uma maneira diferente. Escutar a voz do Papa é uma maneira de fortalecer a fé que me permite saber por onde caminhar", concluiu.

O exemplo do Papa e o crescimento do número de sacerdotes

Também em um dia 29 de junho, mas no ano de 1951, Joseph Ratzinger recebia sua a Ordenação Sacerdotal. Bento XVI, 61 anos depois, firme em sua vocação, inspira, assim como seu antecessor, o criador das JMJs, hoje Beato João Paulo II, jovens que ainda cedo descobrem a beleza da entrega total da vida à Cristo e à Igreja.

Na semana passada, o Setor Estatístico do Vaticano divulgou nota na sobre o aumento do número de sacerdotes diocesanos e religiosos no mundo. A pesquisa apresenta dados de dez anos, de 2000 a 2010. Segundo o diretor do setor, Monsenhor Vittorio Formenti, o número passou de 405 mil para 413 mil.
O aumento também foi constatado no Brasil com o Censo Anual de 2010 realizado pelo Centro de Estatística e Investigações Sociais (CERIS) entidade brasileira de pesquisa religiosa fundada pela CNBB. O centro de estatísticas apontou um crescimento considerável em relação às vocações sacerdotais e religiosas

Da redação com A12 e ACI digital/ACI prensa

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