Na manhã de hoje os Prefeitos dos
Dicastérios da Santa Sé reuniram-se com o Cardeal e Secretário de Estado
do Vaticano, Tarcísio Bertone, para tratar do novo regulamento da
Prefeitura para Assuntos Econômicos da Santa Sé, promulgado em 22 de
fevereiro deste ano.
Graças ao novo regulamento o Dicastério
teve a oportunidade de retornar ao "espírito originário" de "orientação e
programação econômica", como também de "fiscalização e controle" das
administrações da Santa Sede, tornando-se assim uma verdadeira estrutura
de programação financeira, destacou o cardeal. Na próxima quinta-feira,
no Vaticano, haverá uma reunião para mostrar as funções da Prefeitura
para Assuntos Econômicos da Santa Sé de acordo com o novo regulamento.
"A Igreja sempre se preocupou em
considerar a mera instrumentalidade dos bens temporários em questão -
destacou Dom Bertone - para o desenvolvimento da própria missão,
definindo os fins institucionais que tornam lícita a aquisição, a posse,
venda e administração dos bens temporários, e que tem como principal
objetivo o culto divino, as obras de apostolado e caridade e o apoio
honesto do clero e de outros ministros".
A Prefeitura para Assuntos Econômicos da
Santa Sé, instituição criada pelo Papa Paulo VI, "é um Dicastério que
trabalha na inspeção e programação econômica, bem como na fiscalização e
controle das Administrações da Santa Sé ou de órgãos que a ela
pertençam, seja qual for a autonomia que possuam", é o que estabelece o
artigo nº 1 do novo regulamento, dirigindo-se à origem missionária. No
momento, a Prefeitura está autorizada a "tomar conhecimento e controlar
todas as atividades econômicas ligadas ao patrimônio da Santa Sé" com
"autoridade segundo os critérios de método e de mérito" e as diretrizes a
serem observadas, de acordo com a Secretaria de Estado.
"A transparência necessária das
atividades econômicas e financeiras da Santa Sé e do Estado da Cidade do
Vaticano" exige um empenho "sempre mais incisivo e conjunto com a
honestidade" e requer "obediência às normas internacionais de controle
financeiro que estão se cumprindo de forma gradual, como foi
publicamente reconhecido em nível europeu".
Ao final do discurso, os Prefeitos de
Dicastérios e o Cardeal destacaram que "especialmente nas circunstâncias
históricas atuais" deve-se "proceder a uma redução gradual, porém
efetiva dos custos em face da impossibilidade de aumento da receita,
devido ao déficit que se tem registrado ultimamente nos balanços
finais". Espera-se que o novo regulamento permita à Santa Sé e ao
Vaticano "a manutenção de sua credibilidade".
Fonte: GaudimPress
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